VERA DE BARCELLOS
( Brasil – Santa Catarina )
Vera Regina da Silva de Barcellos / SC, nasceu em 1948.
Escritora, poetisa e antologista, especialização em Educação Especial.
Artista plástica e escultora autodidata.
Pertence a várias academias e associações literárias.
Colabora em 53 jornais do país.
Participação e premiação em vários concursos literários.
Publicou NA LUZ.. A DOR DA SAUDADE TUA; CORES POÉTICAS EM SEU CORAÇÃO e um vídeo poético que acompanha sua trajetória literária. Participação em 19 antologias literárias e 21 obras no prelo — poesias, pensamentos, haicais, breves estórias infantis e crônicas.
OFICINA – caderno de poesia 29. Rio de Janeiro: OFICINA Editores, 2001. 108 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
FLOR DO MAR!
Segui a flor do mar e a deixei balançar inquieta
No seu próprio balanço engastado pensar
Tiras do teu próprio rebento o afeto deslumbrante
Das perdidas noites em soluço a soluçar...
Recolhes as conchas em rosa púrpura
E vagueias sobre músicas e vinhos
As marinhas murmurantes das algas ao luar!
Não penses nas dilacerações dolentes...
Nem em outras tentadoras essências
Basta que tu vejas dilacerada
Tu carne... Teu corpo... passados adiante
És soberba e regenerada
De mãos postas oras nas capelas que encontras
Em orações te chegam em dolorosas
Todos os mais as angústias imortais
Nos trêmulos balanços divinizados pecados
Tal qual a febre antiga e veemente
Calor humano que transcendo o momento
Em teus arroubos e sentimentos carnais
Agitam teu ventre em querer mais
Perdidos n´alma entre hóstias consagradas
Trêmulas em teus brios, errante
Chamas ao tempo ao consolo dos teus olhos
E vão sentimentos que te cortam apagados tempos...
Cristais perambulando em coloridos
Pontiagudos simplesmente brancos
Feitos de luz iluminavam melancólicos
Inebriados filtros que se perdiam
Em lascivos delírios e invisíveis pudores vivos
Qual virgens na brancura das sedas e veludos
Descortinei sinfonias do acaso que de tão belas se perdiam
Ouviam longe em aromas áureos
Os acasos incensos nos prelúdios enamorados
Cantos cítaras harpas orquestra musical
Nos meus dias rebelando... ri de tua face
Que brejeira no tempo constrita, flor do mar... sucinta
rebeldia!
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Página publicada em novembro de 2022
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